Wednesday, March 9, 2016

Câmara é um centro de estética

UMA NOVA LINHA de cosmética política, da marca "Por Coimbra", foi ontem apresentada à população pela Comissão Política Concelhia da Juventude Socialista (JS). Na tenda, colocada estrategicamente junto à porta principal da autarquia, foram mostrados alguns dos produtos que a juventude partidária entende serem importantes para "limparem a poeira dos olhos dos conimbricenses". Nesse conjunto de produtos, realce para o corrector de olhos "Festyjovem 09", o qual segundo a JS serve para "corrigir a ausência de políticas de juventude e encher o olho à opinião pública". Rui Duarte, secretário coordenador desta juventude partidária, referiu que a Festyjovem mais não foi do que um aproveitamento da autarquia de um conjunto de iniciativas levadas a efeito por diversas entidades. "As pessoas têm de começar a comer menos mentiras", afirmou. A base dacial "12,5", que serve para "disfarçar a má gestão de dinheiros públicos com o recente empréstimo de 12,5 milhões de euros", foi outro dos produtos colocados à disposição dos conimbricenses pela JS. "Verba que servirá para tapar buracos, ou seja, corrigir as derrapagens orçamentais da actual gestão", frisou. O anti-rugas "Coimbra Viva", o rimel "Forum/Dolce Vita" e o batom "Mário Nunes" são outros dos três produtos que fazem parte da linha de cosmética da coligação e que mais não é do que uma "cosmética retórica".

Nesta iniciativa, os jovens socialistas não esquecem o blush "Parque Verde". Um produto que, de acordo com Rui Duarte, tem sido bastante utilizado pela actual maioria como um meio de "alaranjar" as obras socialistas do programa Polis. O secretário coordenador entende que todos estes produtos de maquilhagem servem de máscara a uma maioria que "não fez nada de palpável e substancial para a cidade". A completa ausência de soluções para fixar os jovens no concelho foi um dos exemplos citados por Rui Duarte. O próprio CoimbraiParque, que segundo o presidente Carlos Encarnação é uma obra essencial para a cidade, é visto com algumas dúvidas pelo jota. "Neste momento, temos apenas um terreno com muitos hectares em vazio. Vamos ver se as empresas correspondem a uma área megalómana. Mas se corresponderem, estamos perante um bom projecto", afirmou.